Geral
25-10-2021 | 14:53:00
Por: Governo do Estado do Parana
Governo trabalha para fortalecer conselhos municipais da agropecuária e garantir qualidade
É uma estratégia para intensificar as ações de sanidade agropecuária, principalmente devido ao reconhecimento do Estado como área livre de febre aftosa sem vacinação. Os conselhos integram Estado, municípios e setor produtivo
Por: Governo do Estado do Parana
A certificação concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que possibilita a abertura de novos mercados internacionais para a proteína animal paranaense, trouxe também novos desafios: é preciso ter ainda mais rigor na qualidade e sanidade dos produtos agropecuários comercializados pelo Paraná.
Com a integração entre governo estadual, municípios e setor produtivo em conselhos municipais será possível mobilizar a comunidade para o cadastro de propriedades, o inventário de rebanhos, por meio da campanha de atualização cadastral, e o controle de trânsito de animais.
“A conquista do reconhecimento pela OIE é resultado de uma luta de mais de 50 anos do Governo do Estado, municípios e setor produtivo, que leva a nossa produção da agropecuária a outro patamar. O Paraná fez sua lição de casa e precisa continuar trabalhando para manter esse status”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
O Paraná é o maior produtor e exportador de proteína animal do País, com liderança em avicultura e piscicultura. O Estado se beneficia da certificação com a abertura de mercados para a proteína animal, com a possibilidade de comercialização a países que pagam melhor pelo produto.
HISTÓRICO – A imunização contra a aftosa no Paraná foi substituída em 2019 pela campanha de atualização de rebanhos, que ajuda a garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais. Em 2021, a campanha encerrou seu período regular com 88% das propriedades devidamente registradas.
Nos últimos anos, o Paraná protagonizou uma série de ações para o fortalecimento da defesa agropecuária. O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir César Martins, cita exemplos como a realização de fóruns regionais para debater o tema; a realização de um inquérito epidemiológico, provando que o vírus já não circula no Paraná, e de concurso para contratação de 50 técnicos agropecuários e 30 médicos veterinários.
“O diferencial competitivo da agropecuária paranaense deve-se, em grande parte, à consolidação do sistema sanitário do Estado. Este trabalho contou, em grande parte, com a efetiva participação dos municípios nos processos relativos à sanidade agropecuária. Esperamos mais uma vez contar com essa mobilização”, disse Martins.
POLÍTICAS PÚBLICAS – Os conselhos municipais são espaços para que o poder público e a sociedade possam discutir, promover e formular, em conjunto, as diretrizes para as políticas públicas. “A atuação efetiva nesses espaços também vai ajudar nossos agentes de defesa agropecuária a agir rapidamente e de forma eficaz no controle de doenças, em conjunto com lideranças regionais e locais”, afirmou o coordenador das ações de Integração dos Conselhos e fiscal de defesa agropecuária da Adapar, Marcelo Silva.
Para o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza, o momento é de somar esforços e reconhecer o poder de ação local e regional pelo desenvolvimento econômico do Estado. “Uma das linhas de ação do Sistema é a orientação e capacitação de produtores sobre a sua responsabilidade na sanidade vegetal e animal de seu município”, explicou.
DIAGNÓSTICO – Equipes regionais da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, da Adapar e do IDR-Paraná estão produzindo um diagnóstico para colaborar com as ações e já iniciaram reuniões com prefeituras e lideranças regionais com o objetivo de incentivar a reativação dos conselhos em alguns municípios. A meta é, até dezembro de 2022, ativar pelo menos um Conselho Municipal por Unidade Local de Sanidade Agropecuária.
Mais informações sobre o projeto podem ser acessadas diretamente com os gestores regionais do Sistema Estadual da Agricultura ou no site da Adapar.