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INMET explica por quê está chovendo tanto no Sul do Brasil

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o fenônomeno El Niño ainda é o grande responsável pelas chuvas no Rio Grande do Sul e estados da região

Redação RuralNews
Publicado em 03/05/2024 | 08:23:00 585 Views
As chuvas que vêm trazendo grandes prejuízos à região Sul do Brasil ainda sofrem os efeitos do fenômeno El Niño, segundo o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). Segundo o instituto, o período entre o final de abril e o início de maio de 2024, ainda tem influência do fenômeno que é responsável por aquecer as águas do Pacífico. Esse aquecimento ajudou a bloquear as frentes frias e concentrar os sistemas de áreas de instabilidade na altura do Rio Grande do Sul causando a chuva mais intensa em parte do estado gaúcho e sul de Santa Catarina nos últimos dias.

Além dessa condição, a temperatura do Oceano Atlântico Sul bem mais elevada, próximo da faixa equatorial, também contribui para a umidade, intensificando as chuvas. O transporte de umidade a partir da Amazônia e o contraste térmico com o ar mais aquecido ao norte da Região Sul, além de ar mais frio ao sul do Rio Grande do Sul também ajudou a fortalecer as tempestades.

Grande parte do Rio Grande do Sul segue sendo atingido por chuvas persistentes e volumosas desde o dia 27 de abril. Em algumas regiões, especialmente na ampla faixa central dos vales, planalto, encosta da serra e metropolitana, os volumes de chuva chegaram a passar dos 300 milímetros (mm) em menos de uma semana. No município de Bento Gonçalves, por exemplo, os volumes chegaram a 543,4 mm.

Desde o dia 29 de abril, quando a chuva volumosa ficou estacionária sobre o Rio Grande do Sul, os volumes ficaram entre 200 mm e 300 mm em diversas áreas. Na capital do estado, Porto Alegre, o volume chegou a 258,6 mm em apenas três dias. Esse valor corresponde a mais de dois meses de chuva, quando comparado a Normal Climatológica dos meses de abril (114,4 mm) e de maio (112,8 mm).

As estações do Inmet que mais registraram chuva de 26 de abril até as 9h desta quinta (2), foram: Soledade (488,6 mm); Santa Maria (484,8 mm) e Canela (460 mm). A estação meteorológica convencional de Santa Maria teve recorde de chuva em 24h, com acumulado de 213,6 mm, no dia 1º de maio. Essa foi a maior chuva registrada no município, em 112 anos de observação, superando o volume anterior de 182,3 mm, ocorrido em 23/06/1944. Em apenas três dias, o volume de chuva na cidade chegou a 470,7 mm, valor que corresponde três meses de chuva, conforme a média climatológica.
Grande parte do Rio Grande do Sul foi atingido por chuvas persistentes e volumosas

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