As expectativas quanto ao alongamento das escalas de abates de bovinos no país se confirmaram e a indústria frigorífica, em alguns estados produtores, já conta com um dos maiores volumes de animais para a atividade fabril dos últimos anos, inclusive no Estado de referência, São Paulo.
As escalas e cotações seguem em caminhos opostos, como era de se esperar. O Mato Grosso do Sul chega a 16 dias (há indústrias com escalas de 20 dias no Estado), cotações entre R$ 213,00 e R$ 215,00 por arroba, lembrando que até a última semana a resistência era em R$ 215,00. Em Minas Gerais o cenário é parecido, com cotações em R$ 207,00 por arroba de boi e escalas que chegam a 20 dias.
Em São Paulo o cenário vai ficando um pouco mais impactado e a indústria tem se ausentado mais neste estado, que conta com escalas de quase 30 dias. As cotações do boi comum estão em R$ 225,00 a arroba, mas há propostas mais baixas e a tendência é de redução na resistência de preços.
Entendo que com os cenários desenhados como estão, podemos ver o começo o do mês sem “aquele vento nas velas” na primeira quinzena, marcado por maior consumo. Neste caso, a intensidade da pressão não recuaria, pois está baseada em escalas de trabalho muito fechadas na indústria.